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Dengue:Três municípios cearenses estão em situação de risco

O período chuvoso ainda não começou, mas é preciso estar atento aos focos do mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue. Três municípios cearenses estão em situação de risco para a ocorrência de epidemias da doença (Pires Ferreira, Baturité e Ipu), oito em alerta (Crateús, Maranguape, São Gonçalo do Amarante, Mucambo, Senador Sá, Viçosa do Ceará, Reriutaba e Irauçuba) e 15 apresentaram índice satisfatório (Graça, Groairas, Ibiapina, Morada Nova, Pacujá, Russas, Santana do Acaraú, São Benedito, Tianguá, Varjota, Iguatu, Sobral, Catunda, Limoeiro do Norte e Alcântaras).

É o que aponta o Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes Aegypti (LIRAa), realizado em outubro deste ano, pelo Ministério da Saúde. Fortaleza foi uma das seis capitais brasileiras que ainda não apresentou os resultados, impedindo que o ministério avaliasse se a cidade encontra-se ou não em situação de risco. A pesquisa identifica os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, fundamental para orientar as ações de controle da dengue.

Dos 1.463 municípios brasileiros que realizaram o LIRAa, 813 foram avaliados satisfatoriamente, 533 estão em alerta e 117 em situação de risco. O Nordeste concentra o maior número de municípios em situação de risco – 96. Chama atenção que, das dez capitais em situação de alerta, cinco são do Nordeste: Maceió, Natal, Recife, São Luiz, Aracaju, Vitória, Cuiabá, Porto Alegre, Belém e Porto Velho. A pesquisa informa ainda o perfil dos criadouros. Na região Nordeste, com 78,8%, predomina o armazenamento de água, enquanto 16,1% são de depósitos domiciliares e 5,1% referente ao lixo manejado inadequadamente.

Em todo o País, houve uma redução de 61% do número de casos de dengue entre 2013 e 2014. No Ceará, no entanto, a redução foi de apenas 25%, menor também que a média do Nordeste (42%). Os óbitos por dengue também caíram. Nacionalmente, a redução foi de 41%, seguida de 28% no Nordeste e de 35% no Ceará.

Nélio Moraes, gerente da Célula de Vigilância Ambiental e de Riscos Biológicos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) explica que Fortaleza não forneceu os dados ao Ministério da Saúde porque os agentes de endemias estavam em greve. O gestor informa que, na Capital, o LIRAa foi iniciado na última segunda (3), com previsão de término até a sexta da próxima semana (14).

Situação

“Com o resultado, vamos ter a real situação epistemológica de Fortaleza. Esse levantamento é um balizador dessa situação. A partir daí vamos agir. Por causa da greve, ficamos sem ter uma referência dos nossos dados, já que as casas não estavam sendo visitadas”, esclarece o gestor.

Ele assegura que os esforços serão redobrados para recuperar o período que os agentes estiveram com as atividades paralisadas. O intuito é baixar o índice de infestação nos lugares vulneráveis em novembro e dezembro, para começar 2015, quando tem início o período chuvoso, de forma minimamente estruturada para os desafios que virão.

De acordo com o Informe Semanal da Dengue, da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), 4.442 casos de dengue foram confirmados na Capital até o mês de outubro e 23 óbitos. A Regional V foi a que registrou maior número de casos (1.428), seguida da VI (1.302), III (574), IV (454), I (331) E II (318). A

Ações devem combater também a chikungunya

Durante o lançamento do Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), o ministro da Saúde, Arthur Chioro, alertou que é preciso manter e reforçar as ações para combater não apenas a dengue, como também o chikungunya. “As medidas de enfrentamento e prevenção das duas doenças são as mesmas”, frisa.

A partir do dia 15 de novembro, o Ministério da Saúde realizará campanha de combate à dengue e ao chikungunya, que tem como slogan “O perigo aumentou. E a responsabilidade de todos também”. Na ocasião serão divulgadas orientações à população sobre como evitar a proliferação dos mosquitos causadores das doenças e alertar sobre a gravidade das enfermidades.

No dia 6 de dezembro, será realizado o Dia D de mobilização, quando acontecerão mutirões de limpeza urbana e atividades para alertar os profissionais da área ao diagnóstico correto das doenças. Como cerca de 80% dos criadouros estão nas residências, o papel de cada família, para verificar e eliminar possíveis locais que acumulam água, será reforçado nesse dia D. A ação será repetida no dia 7 de fevereiro, com o Dia D+1.

Fonte: Diário do Nordeste

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