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PSB sem Cid: O impacto da semana que bagunçou o cenário eleitoral de 2014

Aproximidade do prazo para trocas de partido – 5 de outubro – já
sinalizava que o fim de setembro seria de intensa movimentação no
ambiente político. Porém, não se imaginava que o quebra-cabeça de 2014
se embaralharia de forma tão desordenada. Das reuniões de cúpula do PSB
nacional saiu o ultimato: ou o governador Cid Gomes se comprometeria com
a possível candidatura de Eduardo Campos (PSB) à presidência da
República ou tratasse de sair do partido. Na última quinta-feira, em
nome do apoio à reeleição de Dilma Rousseff (PT), Cid escolheu a segunda
opção – com isso, criou um panorama de indefinições cujo desfecho
poucos se arriscam a adivinhar.

A decisão sobre o
destino dos Ferreira Gomes, ainda incógnito, afetará a organização dos
partidos daqui para frente. Segundo o governador, há pelo menos cinco
legendas em seu horizonte: PP, PDT, PCdoB, PSD e Pros, mas, nos
bastidores, o PT ainda é colocado como alternativa.

Para cada
possibilidade, uma série de interrogações: haveria um acordo entre e
Cid e Dilma que garantiria o nome favorito do governador na cabeça de
chapa para a sucessão estadual? E qual seria a postura da ex-prefeita de
Fortaleza e adversária de Cid, Luizianne Lins (PT), nesse cenário?
Sairia da sigla petista? E como o “governamentável” Eunício Oliveira
(PMDB) seria acomodado?

“As reações de Luizianne e Eunício nos
próximos dias, a chance de eles partirem para o enfrentamento, poderão
ser um fator complicador desse cenário”, analisou uma fonte do PMDB que
pediu para não ser identificada. Recolhida aos bastidores, a petista tem
dito que só falará publicamente sobre o tema em outubro, após as
definições de Cid.

Embaralhamento também no PSB do Ceará, que
se antes poderia não ficar com o protagonismo na disputa majoritária,
agora precisará, obrigatoriamente, de um nome que sustente o palanque de
Eduardo Campos. A situação ali é ainda mais complicada: faltam apenas
seis dias para que a sigla tente reverter o esvaziamento deixado pela
saída dos Ferreira Gomes e de centenas de lideranças de seu grupo, da
Capital e do Interior.

As teses variadas ouvidas pelos parlamentares e líderes partidários ouvidos pelo O POVO mostram
que o momento é de muito mais dúvidas que certezas. Conforme disse o
deputado federal Chico Lopes (PCdoB), “enquanto o governador não diz pra
que partido vai, e que forças políticas ficarão em torno dele, tudo é
pura especulação. Por enquanto, só uma cerveja e um bom papo para
esperar ver o que acontece”, brincou. A decisão de Cid está marcada para
a noite de terça-feira.

Fonte: O POVO

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