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ELEIÇÕES 2014: Com Ciro para o Senado, Governo deve ir para aliado, diz Cid

Presidente do Grupo de Comunicação O POVO, jornalista Luciana Dummar,
recebeu ao governador Cid Gomes a medalha em homenagem ao pai dela,
Demócrito Dummar. (Foto:FABIO LIMA).

Caso Ciro Gomes aceite concorrer ao Senado, a tendência é que o
candidato apoiado por Cid Gomes (Pros) ao Governo seja de outro partido
da base aliada. A afirmação foi feita pelo governador na noite de
ontem, durante cerimônia de entrega da Medalha da Abolição. Os
homenageados foram o jornalista Demócrito Dummar (in memoriam),
presidente do O POVO de 1985 a
2008, o empresário Airton Queiroz, chanceler da Universidade de
Fortaleza e diretor executivo do Grupo Edson Queiroz, e o artista
plástico Sérvulo Esmeraldo.

A honraria é concedida pelo
governo anualmente, e visa homenagear cearenses que contribuem para o
crescimento do Estado. A medalha é entregue em 25 de março, em alusão
ao pioneirismo cearense na abolição da escravidão em 1884 – quatro anos
antes do resto do Brasil.

Na cerimônia de ontem, ainda
ecoava o burburinho depois que o governador admitiu, na véspera, a
possibilidade de renunciar em abril para permitir que Ciro seja
candidato. “Se há uma decisão do Ciro, que é do Pros, em ser candidato a
senador, que é um dos três cargos majoritários, não é razoável que o
Pros tenha outro cargo majoritário, quer seja governador ou
vice-governador”, disse Cid, citando PT, PMDB, PDT e PCdoB como siglas
que poderiam indicar nomes.

Ainda segundo o governador, a
candidatura do irmão ao Senado depende somente do próprio Ciro. “Se o
Ciro desejar ser candidato ao Senado, eu tenho de renunciar ao governo.
Se ele não quiser, ficarei até o final (…). Vai haver muita pressão
sobre ele, e ele vai definir se vai ou não. A primeira posição dele foi
de não ser, mas tem muita gente ponderando que o Ceará precisa de uma
presença forte no Senado”, disse.

Eunício e PT
A
fala de Cid tanto alimenta o desejo de Eunício Oliveira (PMDB)
disputar o governo com apoio do Palácio da Abolição quanto fortalece
setores do PT que defendem candidato próprio. Na noite de ontem, no
entanto, o governador evitou antecipar mais indicações.

“A
única coisa que tem de ser decidida agora é a candidatura do Ciro, por
conta dos prazos. Tudo mais pode ficar para junho, o que é melhor,
porque temos demandas do Estado”, disse Cid, afirmando que se reunirá
com o peemedebista nesta sexta-feira.

Presente no evento
de ontem, Eunício evitou comentar possível renúncia de Cid. Ele
reforça que o PMDB priorizará manter unidade da base aliada de Dilma
Rousseff (PT) no Estado, mas não nega interesse em ter candidato à
sucessão.

O deputado Camilo Santana (PT), frequentemente
cotado como candidato do PT ao governo, também evitou comentar o
assunto. Segundo ele, posição do partido é conduzida por José Guimarães
(PT), que hoje defende candidatura do PT ao Senado.

BASTIDORES

Após
término da cerimônia, Cid Gomes e Eunício Oliveira se cumprimentaram
no cerimonial do Palácio da Abolição. Cortesia entre os dois foi
bastante breve, sem muitos sorrisos, e teve direito a cochichos mútuos
de ouvido.

O presidente da Assembleia Legislativa e
pré-candidato ao governo, Zezinho Albuquerque (Pros), chegou ao evento
junto de Cid e dos homenageados. O vice-governador do Estado e também
pré-candidato, Domingos Filho (Pros), chegou alguns minutos antes.

Eunício
Oliveira chegou ao evento depois do início da cerimônia, durante
entrega da primeira homenagem, e sentou ao lado do prefeito de
Fortaleza, Roberto Cláudio (Pros). Ele disse que estava em Brasília,
onde trabalhou no sentido de inviabilizar instalação de CPI contra o
governo Dilma Rousseff.

Estiveram presentes diversos
representantes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Ministério Público
do Estado (MP-CE) e Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE).

Fonte: O Povo Online

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