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FIM DO MISTÉRIO: Dilma confirma Cid Gomes como novo ministro da Educação

A presidente Dilma Rousseff (PT) acaba de confirmar o governador do Ceará, Cid Gomes, como o novo ministro da Educação, em substituição a José Henrique Paim Fernandes.

O anúncio põe fim a quase dois meses de especulações e revela o futuro do homem que governou o Ceará nos últimos oito anos: Cid Gomes deixa o Palácio da Abolição e segue para a Esplanada dos Ministérios, em Brasília.Desde a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), em outubro deste ano, o nome do cearense figurou entre os mais cotados para a pasta. 

Apesar disso, Cid manteve a discrição e sustentou, até o último momento, os planos de morar nos Estados Unidos para trabalhar como consultor no Banco Interamericano de Desenvolvimento após entregar o comando do Executivo estadual ao sucessor e apadrinhado Camilo Santana (PT). Em entrevista recente, o governador havia confirmado a data de sua ida a Washington, D.C.: 13 de janeiro de 2015, dois dias após o nascimento de seu filho, previsto para o dia 10.

O Ministério da Educação (MEC) está, há doze anos, sob o comando de petistas. A indicação de Cid encontrou resistência de alguns membros do partido que não queriam abrir mão do controle da pasta, cujo orçamento é de cerca de R$ 100 bilhões.

A relação entre Dilma e Cid estreitou-se, ainda mais, quando o governador se desincompatibilizou de seu antigo partido, o PSB – então presidido por Eduardo Campos–, para não abandonar a base de apoio da petista. A lealdade de Cid foi confirmada no último pleito, quando o governador trabalhou na reeleição de Dilma e escolheu um petista para apoiar na corrida pelo Abolição.

Além da lealdade, o governador também possui notabilidade na área que comandará, outro critério adotado por Dilma. O bem-sucedido Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic), criado pelo Governo do Estado do Ceará, inspirou o Governo Federal na criação de um programa nacional de ensino, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). Além disso, a cidade de Sobral, berço dos irmãos Ferreira Gomes, é vista como um caso de sucesso na implantação de políticas educacionais no País, registrando bons índices.

Em contrapartida, o tratamento destinado aos professores do Estado em greve durante o governo de Cid sempre foi alvo de críticas. Em 2011, o confronto entre professores da rede estadual de ensino e policiais do Batalhão de Choque, na Assembleia Legislativa, ganhou destaque nacional. Três professores que faziam greve de fome afirmam que teriam sido agredidos por policiais.

Mais recentemente, a afirmação de Cid Gomes de que o professor de escola pública deveria trabalhar por amor, não por dinheiro, também foi fortemente criticada, principalmente por professores que, à época, estavam em greve pela aplicação do piso para os profissionais de nível médio, graduados e pós-graduados. “Quem quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado”, disse.

Cid Gomes contempla, ainda, mais dois requisitos importantes para Dilma: possui representatividade política e é um nome conhecido. Neste segundo mandato, a estratégia da presidente para dar visibilidade ao seu governo é a composição de um ministério formado por nomes conhecidos da sociedade. Os atuais ministros, em sua maioria, são técnicos e pessoas desconhecidas, o que passa a ideia de inércia de algumas pastas.

Outros nomes

Como estava previsto, além de Cid Gomes na Educação, a presidente Dilma Rousseff anunciou mais uma leva de novos ministros. Veja a lista completa, abaixo:

Aldo Rebelo (Ciência Tecnologia e Inovação)
Cid Gomes (Educação)
Edinho Araújo (Portos)
Eduardo Braga (Minas e Energia)
Eliseu Padilha (Aviação Civil)
George Hilton (Esporte)
Gilberto Kassab (Cidades)
Helder Barbalho (Pesca)
Jacques Wagner (Defesa)
Kátia Abreu (Agricultura)
Nilma Lino Gomes (Igualdade Racial)
Valdir Simão (Controladoria Geral da União)
Vinicius Lajes (Turismo)

Desde o final de novembro, já estavam confirmados os titulares da equipe econômica: Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Alexandre Tombini (Banco Central) e Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio).

* Com informações da Folha de S.Paulo.

Via Ceará news 7

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