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Capital e Interior: Tarifa de água e esgoto deve subir 5,7% a partir de maio

Previsão é que a tarifa reajustada já vigore no Interior e na
Capital a partir do mês de maio com base no Índice Geral de Preços –
Mercado (
Foto: Kid Júnior).

Depois de arcar com despesas escolares no início do ano, com um novo
reajuste do IPTU, além do IPVA, e apesar de sofrer com a falta d’água
nas torneiras, em vários municípios do Interior, o cearense deve começar
a se programar financeiramente para o aumento, da ordem de 5,7%, nos
preços dos serviços de abastecimento de água e esgoto, prestados pela
Cagece, em 149 cidades atendidas pelo órgão no Estado. Previsto para
vigorar em maio próximo, o reajuste tem por base o Índice Geral de
Preços – Mercado (IGP-M), do período de março de 2013 a fevereiro de
2014, e deve ser aplicado também na conta de água dos usuários de
Fortaleza.

O novo índice de aumento já está em fase de definição na Agência
Reguladora de Serviços Público Delegados do Ceará (Arce), mas ainda será
objeto de consulta pública. Diferentemente do ano passado, quando foi
aplicada a recomposição pura e simples do IGP-M, à época de 8,51%, neste
ano, a Arce irá adotar uma nova regra para cálculo do reajuste das
tarifas.

Conforme explica o coordenador Econômico-Tarifário da Arce, Mário
Monteiro, o cálculo matemático, intitulado Reposicionamento Tarifário
Provisório (RTP), leva em consideração o IGP-M, e mais dois índices, o
de Produtividade Total dos Fatores e o de Desempenho de Qualidade, com
metodologias propostas pela própria Agência.

 
Regra paramétrica

“O nosso Conselho Diretor aprovou a resolução 164, definindo o reajuste
através de uma regra paramétrica, enquanto não desenvolvemos uma nova
metodologia de cobrança tarifária (em estudo desde 2012). Acreditamos
que essa é a maneira mais justa para não prejudicar nem o consumidor,
nem o prestador do serviço”, avalia Monteiro.

Ele reconhece no entanto, que diante da seca que assola o Estado, os
usuários da Cagece podem até ser “beneficiados”, tendo em vista que
esses dois índices – de produtividade e qualidade da água – tendem a ser
negativos, e que podem atuar como redutores, atenuando o impacto do
IGP-M, no reajuste dos serviços de água e esgoto. “O IGP-M tende a ser o
teto (do aumento)”, sinaliza monteiro.

 
Cagece confirma

Avaliação semelhante tem o diretor Comercial da Cagece, Neurisângelo
Freitas, segundo quem os índices – de produtividade e qualidade –
impactam no máximo em 1%, para mais ou para menos. “Acredito que (o
reajuste) deve ficar na casa de 5,72% ou até menos”, confirma Freitas,
lembrando que o “fator seca” irá influir negativamente no cálculo
paramétrico, reduzindo o percentual de reajuste.

Ele avalia também, que esse mesmo percentual deve prevalecer para os
usuários de Fortaleza. “Geralmente, a gente tenta alinhar (o aumento do
Interior e o da Capital)”, sinaliza o diretor da Cagece. Ele ressalta,
porém, que ainda aguarda resolução da Autarquia de Regulação,
Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental
(Acefor), para fechar os novos preços das tarifas de água e esgotos
aplicados em Fortaleza. A reportagem buscou a Acefor, no fim da tarde,
mas os telefonemas não foram atendidos.



Cagece busca reduzir vazamentos na rede

Descartado o racionamento de água em Fortaleza, medida que geraria
transtorno econômico à população e políticos para o governo, mas com o
desabastecimento batendo à porta de municípios vizinhos à capital, a
Cagece anuncia a retomada dos serviços de caça-vazamentos. O objetivo
divulgado é “contribuir para o controle e redução de perdas de água no
sistema de distribuição da Capital e Interior”.

Segundo a Cagece, diariamente, equipes itinerantes estão percorrendo
bairros e ruas das cidades, para identificar vazamentos visíveis e
ocultos ou de fraudes nas redes de água da Companhia. Nesse sentido, vem
utilizando sistema de telemetria por meio de estações piezométricas
instaladas em pontos críticos de baixa e alta pressão.

Para tanto adquiriu equipamentos de detecção de vazamentos e fraudes:
loggers de ruídos, geofones eletrônicos, hastes de escuta e VGOs, que
são utilizados pelas equipes de caça-vazamentos. E pede aos consumidores
que “façam a sua parte” e evitem vazamentos em torneiras, tubulações,
vasos sanitários e caixas-d’água. (CE).

 

Repórter Carlos Eugênio Diário do Nordeste

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