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Na Band, Marina promete unir país, Aécio se diz mudança segura, Dilma defende realizações

(Reuters) – Grande estrela do momento das eleições, Marina Silva (PSB) prometeu no primeiro debate dos presidenciáveis na TV governar unindo o Brasil em contraposição à polarização PT X PSDB, enquanto o tucano Aécio Neves se apresentou como a mudança segura e a presidente Dilma Rousseff procurou defender as realizações de seu governo.

O debate na Band aconteceu horas depois de pesquisa Ibope mostrar Marina na segunda posição nas intenções de voto, com vantagem folgada sobre Aécio, e vencendo a petista, também com ampla vantagem, em um eventual segundo turno.[nL1N0QX03S]

Num encontro com poucos momentos de tensão mais elevada, Marina mirou Dilma logo na primeira pergunta possível de um candidato a outro. A ex-senadora criticou a petista ao afirmar que os cinco pactos propostos por Dilma após as manifestações de junho do ano passado não deram certo.

A resposta de Dilma –“eu considero que tudo deu certo, veja você”– serviu para a candidata do PSB usar um argumento contra a presidente, que voltaria a repetir no debate: que para resolver um problema é preciso reconhecê-lo.

Em um dos momentos mais quentes do evento, Dilma e Aécio trocaram farpas sobre a Petrobras quando o tucano indagou a petista se ela aproveitaria para pedir desculpas pela maneira que a empresa vem sendo administrada.

Dilma acusou o tucano de “leviandade”, citando dados de produção de petróleo da empresa e o fato de a mesma ser a maior companhia da América Latina.

“É realmente uma leviandade a maneira como a Petrobras vem sendo administrada”, insistiu o tucano.

Aécio, que perdeu para Marina a segunda colocação na corrida presidencial que lhe garantiria vaga no segundo turno, usou sua primeira pergunta para questionar Marina sobre seu discurso de “nova política” e cobrou coerência da candidata do PSB, que elogiou o tucano José Serra e o petista Eduardo Suplicy.

“Me sinto inteiramente coerente”, respondeu Marina, dizendo que existem pessoas boas em todos os partidos, mas o problema é que elas “estão no banco de reservas”.

“Essa polarização PT X PSDB já deu o que tinha que dar”, arrematou.

ATAQUES, DEFESAS E IRONIAS

Líder nas pesquisas de intenção de voto, Dilma, que busca a reeleição, foi a principal alvo dos demais seis candidatos presentes no debate –além de Marina e Aécio, Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (PSOL), Levy Fidelix (PRTB) e Eduardo Jorge (PV).

Ao término do debate, em que os três principais candidatos duelaram 10 vezes –quatro confrontos diretos e seis em perguntas de jornalistas–, Dilma lamentou, inclusive, que as regras do debate não lhe permitissem responder a todas as críticas.

A petista buscou defender sua administração mas foi ironizada pelos seus dois principais adversários, que apontaram que a propaganda do governo é melhor que a realidade.

“Esse Brasil que a presidente Dilma acaba de mostrar, quase cinematográfico, não existe na vida das pessoas”, disse Marina.

Aécio manteve o tom. “O sonho de consumo dos brasileiros é morar na propaganda do PT”, disparou.

No ataque, a presidente centrou sua artilharia contra Aécio ao fazer críticas à gestão econômica do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que é do PSDB. O tucano, porém, não acusou o golpe e se disse lisonjeado por Dilma enxergar nele o ex-presidente.

Aproveitando o debate para marcar posição como a mudança segura, Aécio anunciou que, se eleito, nomeará o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga como ministro da Fazenda.

“Isso sinaliza na direção do que o Brasil mais precisa, que é resgatar a sua credibilidade”, disse o tucano após o debate. Em suas considerações finais, em possível alusão a Marina e Dilma, ele disse que o Brasil não comporta “neste instante novas aventuras, o improviso”.

O tucano também defendeu uma reforma política com o fim da reeleição –que vem sendo defendido também por Marina–, mandato de cinco anos e voto distrital misto.

Dilma, por sua vez, voltou a defender um plebiscito sobre a reforma política e rejeitou a ideia de que plebiscitos implicariam em uma “bolivarianização” do Brasil.

“É estarrecedor considerar plebiscito bolivariano. Então a Califórnia pratica o bolivarianismo”, disse.

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